A Terapia Alimentar se vale da Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC), no qual busca compreender e modificar o padrão e a reestruturação de pensamentos e crenças da pessoa sobre sua alimentação. O modo como o indivíduo interpreta sua experiência e seus pensamentos influencia a resposta emocional e o comportamento que acarretam em hábitos ruins, vícios e vontade de comer.
O foco é comportamento alimentar disfuncional. Pode ser útil tanto em casos que objetivam o emagrecimento até casos de transtornos alimentares, como a anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar, caracterizados por uma grave perturbação do comportamento alimentar e que traz diversos prejuízos para a saúde.
Conhecer os alimentos para reeducação alimentar é importante, mas não deve ser o único objetivo. O sentido de reaprender sobre a relação com a comida não pode ser compreendido apenas no sentido nutricional, mas também no âmbito emocional. O que comer significa para você? Qual o valor que você deposita na refeição? Esses devem ser alguns questionamentos para um convívio mais saudável com a comida. Reeducação alimentar emagrece, de fato, mas deve ser realizada de forma correta: aprendendo como lidar com as emoções.
A forma como sentimos também influencia na maneira como lidamos com os alimentos. Os indivíduos bem resolvidos emocionalmente tem mais facilidade em emagrecer. Também lidam melhor com momentos sabotadores. A relação entre emoções e perda de peso fica mais óbvia em tempos de instabilidade emocional como, por exemplo, no final do ano, provas ou mudanças na vida profissional ou pessoal. Nesses momentos as pessoas estão ansiosas, tensas, sob pressão ou estressadas, e daí descontam na comida.
A fome emocional é só um dos exemplos de como o corpo tenta extravasar algum desequilíbrio. Ao comer compulsivamente, a pessoa encontra na comida uma válvula de escape. A fome emocional gera consequências para a saúde física e mental. O primeiro passo é diferenciá-la da fome comum. A fome emocional é o uso dos alimentos como uma ajuda para regular nossas emoções. Em muitas situações, tristeza, raiva, frustração ou decepção nos oprimem. E se não temos recursos para lidar com eles, é fácil recorrer à comida para aliviar o desconforto pois, ao consumir certos tipos de alimentos, ativamos o circuito de recompensa do cérebro que nos dá sensações agradáveis. No entanto, esse bem-estar é temporário e, quando o desconforto volta, vem acompanhado pelo sentimento de culpa por ter comido mais do que o necessário. Para interromper o ciclo da fome emocional, devemos ser capazes de reconhecê-la e agir de acordo.
Fome real:
- Surge gradualmente e aumenta com o passar das horas.
- A fome é uma sensação fisiológica e tem origem no estômago.
- Temos a capacidade de selecionar o tipo de alimento que queremos consumir naquele momento.
- Geralmente optamos por alimentos nutritivos, pratos saudáveis e equilibrados.
Fome emocional:
- Aparece de repente. De um momento para outro sentimos o desejo repentino de comida que precisamos satisfazer imediatamente.
- Não se origina no estômago, pois não é uma sensação fisiológica. Tem sua origem na mente como resultado de certas imagens ou representações mentais dos alimentos. Ou seja, ao pensar ou imaginar um tipo de alimento, o impulso se torna tão forte que você perde o controle.
- A dieta torna-se caótica. É realizada uma ingestão automática e descontrolada, sem medir quantidades ou selecionar deliberadamente os alimentos. Você come por impulso, por necessidade, em grandes quantidades e sem uma escolha deliberada.
- Em geral, são consumidos alimentos hipercalóricos e ultraprocessados, ricos em gorduras e açúcares e com pouco valor nutricional. Esses alimentos, além de nocivos, não nos saciam ou o fazem por períodos de tempo muito curtos.
Segundo este artigo emoções negativas aumentam a alimentação impulsiva. Isto é, a pessoa come para regular o estado emocional, embora diminua o prazer da comida. Já as emoções positivas aumentam o prazer e o consumo de alimentos saudáveis. Outros estudos, como este, reforçam a ideia de que a maioria das pessoas relata mudanças na alimentação (come mais ou come menos) em resposta ao estresse emocional, bem como que estados emocionais negativos na vida diária podem estar associados a uma tendência a comer como estratégia de regulação da emoção, não apenas em comedores restritos e compulsivos, mas também em comedores normais.
O acompanhamento psicológico é um grande aliado no tratamento da compulsão alimentar, uma vez que muitas das causas e gatilhos desse transtorno são os aspectos emocionais e psicológicos. Paceintes que sofrem de Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA) possuem uma contínua vontade de comer e que chega ao ponto do descontrole. Os sintomas de compulsão alimentar envolvem:
- Comer mais rápido do que o normal;
- Comer até se sentir cheio;
- Comer grandes quantidades mesmo sem fome;
- Comer escondido;
- Sentir repulsa por si e deprimido após o episódio;
- Sentir desconforto relacionado ao episódio.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das melhores linhas para combater o transtorno. Principais características da TCC no tratamento de TCA:
- Busca eliminar estratégias compensatórias, distorções cognitivas, pensamentos automáticos e crenças;
- Pode ser realizada individualmente ou em grupo;
- O paciente é agente direto e participativo do tratamento;
- Se preocupa com os eventos presentes em busca da transformação do comportamento problemático;
- Possui tempo determinado e metas específicas;
- Geralmente é de curto prazo;
- Mudanças no estilo de vida, cognição, postura social e superação de desafios;
- Quantificação da motivação: diferenciar vontade de perder peso e controlar a compulsão alimentar.
- Definição de objetivos: toma cuidado com expectativas irreais do paciente e do próprio profissional da saúde;
- Reestruturação nutricional assistida e atividade física;
- Transformação da percepção da imagem corporal que o paciente tem de si, diminuindo o papel dela na avaliação do sucesso pessoal;
- Desencoraja o ideal de que a imagem corporal como determinante de escolhas de atividades, como por exemplo exercícios físicos;
- Alterações comportamentais;
- Tratamento de padrões alimentares patológicos relacionadas a fome e saciedade, já que muitos gatilhos podem ser ambientais.
Aliada à Hipnose Clínica, os resultados tendem a ser melhores ainda, conforme pode ser visto neste artigo. O artigo indica que a hipnose aumenta os efeitos da psicoterapia cognitivo-comportamental em uma ampla gama de problemas. Muitos clientes que recebem a hipnoterapia cognitivo-comportamental beneficiou pelo menos mais 70% dos clientes recebendo o mesmo tratamento sem hipnose. o efeito de adicionar hipnose ao tratamento cognitivo-comportamental da obesidade não se tornou aparente até algum tempo após o tratamento ter terminado. Diferenças entre tratamento hipnótico e não hipnótico da obesidade aumentou até 6 meses após o tratamento terminado e permaneceu intacta no acompanhamento de 2 anos.
Os resultados desta meta-análise indicam que a hipnose pode ser um complemento útil à terapia cognitivo-comportamental para uma ampla variedade de problemas, e pode ser particularmente eficaz no tratamento da obesidade. Os dados que indicam que a hipnose promove a perda de peso a longo prazo é particularmente importante, dado a descoberta de que a maioria dos indivíduos obesos que perdem peso em condições não hipnóticas os tratamentos logo o recuperam.
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