Anuptafobia: medo de não encontrar um parceiro


Toda nossa sociedade é organizada para encontrar um parceiro e ter filhos. Com o avançar da idade, isso se agrava. Isso pode ser encarado de maneira divertida e natural ou angustiante. Para as mulheres essa cobrança é maior. Quando se separam, logo alguém diz que vai encontrar alguém melhor, como se fosse necessário encontrar alguém e ainda ter que ser melhor que o anterior.

Tem quem goste da vida de solteiro, não querem relacionamento sério de jeito nenhum. Outros curtem essa vida de solteiro em busca de encontrar alguém para sossegar. Mas acima de tudo levam em consideração seu bem-estar, suas emoções positivas.

Infelizmente há muitos que acham que estar solteiro é algo anti-natural, que deve haver algo de errado com a pessoa. Mais uma vez, a cobrança para com as mulheres é maior, a exemplo da expressão "ficar para titia".

Quem tem anuptafobia sofre de ansiedade e obsessão em ter um parceiro. Sofrem de autoestima, propiciado muitas vezes por rompimentos anteriores, rejeições e abandonos. Tendem a se vitimizar por não estarem namorando. Dividem o mundo em "quem está sozinho e quem não está". Questionam a relação dos outros, fundem sua própria opinião à do parceiro (num gesto de auto-anulação com medo de perder o amor da pessoa), acham que o casamento é o objetivo final e um porto seguro, emendam um término de relação com o início de outra, não sabe desfrutar da vida sem estar ao lado da pessoa amada (e acabam cobrando o mesmo da pessoa) e tendem a exibir demais uma felicidade conjugal, seja real ou não, para todo mundo.

Como o sufixo "fobia" aponta, é um medo irracional. Causa dor e desconforto. A pessoa não se sente inteira e precisa de alguém para ser feliz, não sendo capaz de ser feliz sozinha.

Por fim, aqui estão 5 razões para a pessoa que terminou uma relação agora não se apressar a encontrar um novo parceiro:

1: Um amor nem sempre cura outro. Não use alguém para esquecer o anterior. Pode desfrutar sua solitude, mas não precisa jogar fora oportunidades caso elas apareçam.

2: Oportunidade para refletir. Desfrute sua própria companhia, faça as coisas que gosta de fazer sozinho.

3: Analise o final da relação. Quais erros e acertos de cada um. O que aprendeu e como não cometer os mesmos erros na próxima relação.

4: Livre-se das emoções negativas. Cure suas mágoas. Escreva o que foi bom e ruim na relação. Coloque tudo para fora em sua escrita. Não fique pensando que perdeu sua alma gêmea ou que cometeu erros imperdoáveis.

5: Mudança de "nós" para "eu". Se conheça melhor, seus valores, metas de vida, sua individualidade. Isso é importante para que saiba o que quer e o que não quer numa relação. Do que você pode abrir mão e do que é imprescindível a você.


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