Neurociência do Estresse

 

OS TRÊS C'S DO CÉREBRO

Graças ao cérebro reptiliano, há três diferentes tipos de resposta ao estresse: Correr, Combater, Congelar.

🏃Correr: desejo de estar em outro lugar, ansiedade, mãos tremendo, pés se movendo quando estamos sentados, dedos tocando caneta ou algo, ir ao banheiro, voz instável, palpitações, insônia.

👊Combater: intimidar, superioridade, agressão defensiva, voz alta, movimentos fortes, sem paciência, olhos focados no alvo.

⛄Congelar: buscar proteção, incapacidade de lidar com a situação, desamparo, precisamos de ajuda, voz baixa, fala devagar, menos palavras, chorar, cansaço, dificuldade de respirar.

SEGUNDO A NEUROCIÊNCIA, NÃO EXISTE ESTRESSE POSITIVO

As três reações do nosso cérebro (correr, combater e congelar) nos coloca em estado de confusão, agressão ou desmoralização. Nesses estados não temos controle de nossas habilidades mentais, físicas e emocionais.

Quando falam em estresse positivo, estão se referindo a outra coisa, que está no cérebro neolímbico. Está ligado ao tipo de personalidade competidor, que gosta de desafios, mas só 10 a 15% das pessoas desfrutam desse tipo de motivação.

Podemos desligar o cérebro reptiliano e a chave para isso é nosso cérebro pré-frontal. Este é a solução para a maioria das situações em que estamos presos. Uma vez ativado, o estresse desaparece e estamos no controle total de nossas emoções.

O que sentimos é serenidade. O cérebro pré-frontal tem tudo a ver com pensamento racional, criatividade e oportunidades de observação.

TRÊS EXERCÍCOS DE COMO CONTROLAR O ESTRESSE

1) Mude sua perspectiva! Seja o que for que o faz se estressar, seja qual for o perigo percebido, transforme-o em uma pergunta e ative suas habilidades de raciocínio (ex: vou me atrasar! Vou me atrasar? Meu chefe vai me matar! Meu chefe vai me matar? Meu colega me incomoda! Meu colega me incomoda?) Pense eu suas opções, o que mais poderia estar acontecendo?

2) Respiração! A mais simples técnica de respiração profunda é sentar numa cadeira com costas eretas e braços apoiados, respira fundo por 5 segundos, prende, expira lentamente pela boca por 7 segundos. Repetir 20 vezes.

3) Pense sobre a situação. Por que se sente estressado? Observe seu corpo como se não fosse seu. Quais os sintomas? Você está correndo, combatendo ou congelando?

CORRER: Olhar pra longe, mexe mãos, transpira, respira rápido. Dizer que se acalme só será interpretado como mais uma restrição de liberdade, que o oposto do que a resposta de fuga visa. Evite restrições de raciocínio, sem perguntas fechadas (em que só se pode responder sim ou não), pois as respostas tenderão a ser evasivas como “não sei”. Não grite nem ameace, não julgue nem moralize. O que fazer: Tente perguntas abertas, mostre que são livres para escolher, pois terão problemas para organizar seus pensamentos. Pode ajudar dando algumas opções. Colocar as coisas em perspectiva os ajudará a perceber que a situação em questão não é o fim do mundo. Use do humor. O riso é a válvula de emergência para desabafar. Se possível, convide-o para passear com você. Dê uma saída física para o instinto de fuga.

COMBATER: Falam alto, movimentos precisos e fortes, impaciência. Não interrompa a demonstração de autoridade. Pergunte o que está sendo dito. Lembre-se que para lutar precisa de dois, se não mostrar resistência, a luta será inútil e desaparece. O que fazer: Primeiro ouça sem interrupção e depois não encontre desculpas. Se fez algo errado, admita, tome responsabilidade. “Você não deveria ter feito isso”, “está certo, eu não deveria”. Se não concorda que fez algo errado, ainda pode resolver o problema. “Sinto muito se o que fiz fez você se sentir assim, essa não era minha intenção”, “seu eu fosse você também ficaria com raiva”. Agora que o lutador não tem com quem lutar, explique o que aconteceu sem procurar desculpas e ofereça soluções. Lembre-se que o estresse da luta tem a ver com vencer. Você é quem deve escolher suas batalhas, apenas poucas valem a pena lutar.

CONGELAR: Colocar as mãos na boca para evitar o oxigênio entrar, corpo desacelerando, olhando para baixo ou para o nada, cobrem rosto com mãos ou sustentam a cabeça, abaixará a voz e usa menos palavras, suspiros desesperados, lágrimas, submissa, sem desejos ou prazer. A última coisa que ela quer é ser autônoma. Seu objetivo é encontrar proteção, abrigo, compartilhamento e cuidado. Portanto, dizer para se controlar ou ser corajoso ou mostrar força de caráter só o fará se sentir mais infeliz. O que fazer: Espelhe sua posição, se estiver sentado, sente-se, se estiver deitado, deite-se. Coloque-se no nível dele, ela não está disposta a conversar e respeite isso. Às vezes colocar um braço no ombro é melhor que um discurso. Ofereça proteção e abrigo. Definam juntos pequenos objetivos, um pequeno passo a uma direção.