Geralmente os psicólogos buscam emprego ou concurso, mas na maioria eles buscam abrir seu consultório, sem saber que isso é um negócio, afinal estão alugando uma sala (às vezes rachando a sala com colega), compraram móveis, atendem e cobram consultas. Então, vamos deixar esse tabu de lado e vamos falar de negócios na psicologia.
Pois é, após anos de estudo, se formam, começam a atender e após muitas dificuldades e baixa procura, desistem. Afinal de contas, não aprendeu nada sobre empreendedorismo, que é exatamente o que está fazendo ao começar a clinicar. E praticamente a totalidade dos psicólogos acham que isso é intuitivo.
É igual a um empresário que estuda negócios e de repente quer começar a atender pacientes com psicoterapia, achando que é só ter "empatia" e um punhado de técnicas impressas no papel pra aplicar a qualquer um.
Acaso esses psicólogos que se aventuram em empreender, sem saber de negócios, definiram seu público-alvo? Quantos consultórios há na região? Qual preço os outros cobram? Qual será seu diferencial?
E também não só de terapia vive o psicólogo. Se ele tem uma carga horária hipotética a cumprir por dia, suponhamos que 8 horas, mas só atende dois pacientes por dia, o que ele fará com suas 6 horas restantes? Esperar? Estudar? Distribuir cartões de visita?
Ofereça diferentes serviços dentro da Psicologia, para ter mais de uma fonte de renda e que cada um seja complementar a outro.
Você pode vender seu ebook, dar uma palestra, que por sua vez leva a um workshop e daí a um curso presencial ou on line, ou ao seu consultório pra atender individualmente ou em grupo (ambos também presencial ou on line). Pode ser supervisor ou consultor de outros psicólogos.
Outra coisa que ocorre é usar o Instagram para sair postando coisas aleatórias, bonitinhas, com frases de efeito ou "agenda aberta". Sem estudar, aliás, nem imaginar que existe toda uma estratégia pra usar as redes sociais, e que estas estratégias estão sempre se atualizando.
O que as pessoas querem é conteúdo de qualidade. E o que queremos é gerar valor às pessoas, pra que elas possam conhecer todo o potencial que a Psicologia pode oferecer e, se elas perceberem que precisam, nos procurarem. Pois descobriram, através de nossos conteúdos, que ali pode estar a solução que ele precisa.
Mas não é só pela internet que se pode fazer isso. Você pode criar parcerias com outros profissionais, empresas, condomínios, academias, cafeterias, hotéis, escolas, livrarias, salões de beleza, ongs, igrejas, centros espíritas, jornais, revistas, rádio etc. Pergunte em como pode ajudá-los, do que precisam e se há algo que você pode oferecer. Crie eventos, rodas de conversa, entrevistas (sendo você o entrevistado ou o entrevistador).
Não fique só no mandar e-mail ou mensagem de whatsapp. A pessoa lá não sabe quem é você. Pode criar seus cartões de visita físicos ou virtuais à vontade, se não houver conexão entre pessoas, as chances são mínimas de alguém fechar parceria com você. O melhor marketing é agregar valor.
Receber muitos "nãos" é normal, a maioria das vezes tenderá a ser "nãos", ao menos no começo, que você não é conhecido. Depois, com o tempo, irão correr atrás de você e é você que começará a dizer "nãos".
"Ou você diminui seus sonhos ou você aumenta suas habilidades" - Jim Collins.
Fonte: baseado em Bruno Rodrigues (Marketing para Psicólogos) e em Flávio Augusto (Geração de Valor).
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