Antigamente chamado de psicose maníaco-depressiva. Caracteriza-se pela alternância de estados depressivos e maníacos. Pode-se demorar anos para fechar um diagnóstico, como uma pessoa que é diagnosticada como depressiva e anos depois apresenta episódios de euforia, e aí sim é que se pode diagnosticar como sendo na verdade um bipolar.
Além dos quadros depressivos e maníacos, também podem haver quadros mistos (sintomas depressivos e maníacos ao mesmo tempo).
Há dois tipos: tipo I – episódios de euforia alternados com depressivos, sem precisarem ser seguidas uma da outra. Muitos manifestam mais um tipo de crise que o outro. Tipo II – não tem fase de mania, mas de hipomania (menos intenso que mania) mais a depressão.
Fase maníaca: estado de humor elevado, com alegria contagiante ou irritação excessiva, elevação de autoestima, sensação de grandiosidade, com poderes e capacidades especiais. Maior vigor físico, hiperatividade e menos sono. Verborragia, fala muito, geralmente fala alto, e não conclui as ideias. Cantam com maior frequência. Se distrai fácil. Maior interesse sexual e até promiscuidade. Socialmente inconveniente ou insuportável. Envolve-se em atividades de alto risco. Pode manifestar sintomas típicos de esquizofrenia. Nada abala seu estado de humor, nem más notícias. As explosões de raiva ocorrem mesmo alegre por motivos externos, mas também se desfaz com rapidez.
Fase depressiva: autoestima baixa, sentimento de inferioridade, cansaço constante, ideias não fluem, dificuldade de se concentrar, memória prejudicada, difícil de manter atenção, perda de prazer em fazer coisas que antes apreciava. Insônia e indisposição.
Pode ser normal ou com sintomas leves entre uma fase e outra. Alguns não se recuperam e não conseguem levar uma vida normal. Há pessoas que só apresentam mania e mesmo assim são bipolares.
A causa pode ser hereditária, trauma, incidentes fortes, decepções, etc.
Para tratar, é preciso procurar um psiquiatra para ser medicado e ter acompanhamento psicoterapêutico.
Já os transtornos de personalidade afetam como os indivíduo enxergam o mundo, como eles expressam as emoções e seus comportamentos. Caracterizam-se por um estilo de vida inadaptado, sem flexibilidade, prejudicando a si mesmo e aos que os cercam. São eles: 1) antissocial (sem remorsos), 2) paranoide (desconfiado), 3) esquizoide (dificuldade em se relacionar e expressar emoções), 4) ansiosa (inibido e com baixa autoestima), 5) histriônica (dramático e afetivamente carente), 6) obsessiva (exigente consigo e com outros), 7) borderline.
Borderline é marcado pela irritabilidade, com variações de humor de um momento para outro sem justificativa aparente. Reconhecem possuidoras deste transtorno, mas tentam se justificar com argumentos sem sentido. Seu comportamento é muitas vezes autodestrutivo, auto-mutilante e podem cometer suicídio. Tendem a não ter clareza de sua própria identidade, como projetos de vida, carreira, valores duradouros e inclusive a própria sexualidade. Muitas vezes rejeita a si mesmo devido à sua instabilidade e à insatisfação pessoal. Rapidamente alterna entre amar e odiar, faz grande amizade por uma pessoa e logo a seguir a despreza. Seus comportamentos impulsivos abrangem as finanças, à sexualidade, à ingestão de substâncias psicoativas e dirigir irresponsavelmente. Varia entre sentimentos de irritação, angústia e depressão.
Quem possui este transtorno leva uma vida atormentada, mas é possível contorna-lo com psicoterapia, medicação prescrita por psiquiatra e outros tratamentos holísticos e atividades que promovam bem-estar, além de buscar servir ao próximo.
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