DEPRESSÃO

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É uma doença onde a pessoa fica angustiada, desanimada, sem energia, tristeza profunda, tédio e indiferença. Quando os sentimentos são muitos e confusos, o indivíduo pode ter a impressão de que não tem sentimentos. As atividades diárias normais perdem a importância e a até as tarefas mais simples demandam um grande esforço. A pessoa perde o interesse por tudo, inclusive seus hobbies, amigos e o sexo. Há mudança do apetite, que pode aumentar ou diminuir, alterações do sono (normalmente insônia). O deprimido tende a preferir ficar isolado, num lugar onde possa ficar só. 

Pode levar o doente ao suicídio, a somatização de doenças graves e até acidentes sérios.
A doença se manifesta quando há uma alteração na comunicação entre os neurônios, causando um desequilíbrio químico-fisiológico. Essa comunicação é realizada pelos neurotransmissores. No caso da depressão, a serotonina e a noradrenalina estão envolvidas em todos os processos responsáveis pelos sintomas da doença.

Nem sempre é possível descobrir quais acontecimentos levaram ao seu desenvolvimento. Na maioria das vezes apresenta múltiplas causas. Acredita-se que haja uma base genética, já que pessoas com história familiar de depressão apresentam maiores chances de desenvolver a doença. Além disso, podem haver os seguintes fatores que podem desencadear a doença em pessoas predispostas ou então levar por si só à depressão:
• Acontecimentos na vida que levam a grande entristecimento;
• Modo de encarar a vida de forma pessimista;
• Estresse e ódio;
• Desemprego e solidão.

Alguns indivíduos apresentam maior risco de desenvolver depressão, por exemplo:

• Pessoas que já tiveram depressão (reincidência);
• Pessoas que têm familiares com depressão (fator genético);
• Pessoas que convivem frequentemente com eventos adversos;
• Pessoas com problemas de relacionamento, ódio, culpas, etc;
• Aqueles que sofrem de isolamento social, como: idosos, desempregados, marginalizados, minorias étnicas, mães solteiras;
• Doentes ou incapacitados;
• Mulheres nos 18 meses seguintes ao parto;
• Pessoas que abusam de drogas, medicamentos, álcool.

Os critérios para o diagnóstico da depressão baseiam-se principalmente na intensidade e duração dos sintomas. Em geral, os pacientes apresentam:

• Sentimentos de inutilidade, desamparo ou falta de esperança;
• Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade, medos;
• Dormir mais ou menos que o normal;
• Comer mais ou menos que o normal, se alimenta mal;
• Dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões, falta de assertividade;
• Perda de interesse em participar de atividades;
• Redução da libido (desejo sexual);
• Recusa em estar com outras pessoas;
• Sentimentos exagerados de culpa, tristeza ou ódio (aparente ou não);
• Perda de energia ou sentimento de cansaço;
• Pensamentos de morte e suicídio.

A depressão pode manifestar-se por sintomas físicos ou somatizados, como dores de estômago, dores de cabeça, dores pelo corpo e nas costas, pressão no peito, subnutrição, entre outros.
Mas a depressão tem cura. Ao perceber os sintomas, a pessoa deve procurar atendimento médico psiquiátrico ou psicoterapêutico, pois quanto antes for iniciado o tratamento mais rápido o doente voltará à sua vida normal. É fundamental o apoio e a participação de familiares e amigos no sucesso do tratamento.

De modo geral, o tratamento requer uso de antidepressivos, que constituem um grupo de medicamentos químicos que têm o objetivo de restabelecer o equilíbrio da comunicação dos neurônios. Os antidepressivos alopáticos normalmente não causam sonolência, nem dependência e não precisam ser tomados para o resto da vida. Uma característica importante é que o início dos efeitos não é imediato, necessitando de um período de aproximadamente 3 a 4 semanas para começar a mostrar resultados. Da mesma forma, deve-se ter em mente que o tratamento da depressão é demorado, levando em média de 4 a 6 meses, podendo estender-se até um ano ou mais. Isso tudo vai depender da gravidade da doença e da resposta do paciente ao tratamento.

Se você conhece algum amigo depressivo, em primeiro lugar deve-se compreender que a pessoa não tem culpa de estar deprimida, e que ela não pode simplesmente sair dela. Tentar animar a pessoa deprimida, mostrando as coisas boas da vida, na maioria das vezes só piora as coisas. Você se sentirá frustrado e a pessoa deprimida se sentirá mais culpada ainda. 

Algumas atitudes, entretanto, podem ser extremamente úteis:
• Escutar a pessoa deprimida: encorajar a pessoa a falar sobre seus sentimentos, oferecer apoio; não tente resolver os problemas dela, apenas escute;
• Não critique, pois as pessoas deprimidas são muito sensíveis e isso pode fazê-las desmoronar;
• Não tome a depressão do outro como sua culpa;
• Não pressione;
• Não assuma as responsabilidades dela;
• Não perca a paciência, a pessoa deprimida pode estar irritável;
• Ofereça simpatia e compreensão e sugira a pessoa procurar ajuda de médico psiquiatra ou terapeuta competente.

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