Por que fazemos o que fazemos? Por que temos visões de mundo e preferências tão opostas? Por que alguns atingem o sucesso e outros não? Por que nossos limites e capacidades naturais parecem tão diferentes? Entender a si mesmo e aos outros é condição preponderante para o sucesso dos líderes nas organizações. O autoconhecimento se define como a capacidade de nos conhecermos e nos aceitarmos. Ao olhar para dentro de nós, teremos consciência das forças e fraquezas e pontos a serem desenvolvidos. A partir daí, conseguiremos ter uma visão diferenciada nas relações, com maior consciência e intencionalidade nas ações, dirigindo-nos para resultados mais eficientes.
Para ser efetivo como líder gerencial é necessário que a pessoa tenha reconhecimento não somente dos seus próprios pontos fortes e fracos em termos do trabalho específico executado na unidade, mas que também tenha reconhecimento do seu estilo de trabalho e da maneira como interage com os outros. Também requer que a pessoa fique ciente de que, embora todos os membros de um grupo de trabalho tenham algo em comum, cada indivíduo é também, de certo modo, único.
Além de conhecer nossas próprias emoções (pontos fortes e de melhorias) e como os outros nos observam, é importante sabermos o que motiva o comportamento humano; o que influencia a maneira como podemos reagir em diferentes situações. Percebe-se que a personalidade, em termos de atributos psicológicos e comportamentais, relativamente estáveis, exerce grande influência no comportamento humano.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Stanford, em conjunto com Universidade de Harvard e Fundação Carnegie, 15% das conquistas profissionais estão relacionadas à capacidade e conhecimentos técnicos. 85% estão ligadas à habilidade para relacionar-se com os outros e o grau de conhecimento sobre o comportamento humano que o indivíduo possui, reforçando a importância do autoconhecimento. Assim, por meio do desenvolvimento do autoconhecimento é possível ter clareza do que a organização precisa, bem como qual o ambiente ideal para cada tipo de pessoa, podendo se antecipar aos conflitos e compreender melhor as potencialidades da equipe.
O QUE É DISC?
Para desenvolver o autoconhecimento e as vantagens desta competência para as organizações, muitas ferramentas estão sendo utilizadas, dentre elas o DISC, cujo embasamento teórico e metodológico tem sido bem aceito entre os pesquisadores. O psicólogo norte-americano William Moulton Marston, Ph.D pela universidade de Harvard, identificou em seu estudo “Emotions of Normal People”, quatro tipos básicos de respostas comportamentais às emoções, conhecidas hoje como Dominância (D), Influência (I), Estabilidade (S) e Conformidade (C). Tal modelo teórico norteia várias ferramentas de análise comportamental da atualidade, conhecidas como DISC.
Segundo esse autor, somos um composto único dos quatro estilos comportamentais que determinam nossos padrões de escolhas, tendências comportamentais e preferências de comunicação. Essa metodologia já foi testada pela UFMG e USP, é aplicada em diversos segmentos através de várias empresas (ex: Energisa, Cinemark, Moura, Sicoob, Azul, Aneel) e utilizadas por grandes organizações no mundo (Coca-cola, Boeing, 3M, MetLife, Palmolive, Shell, Microsoft, IBM).
Este conhecimento vai transformar sua vida porque: muda permanentemente o seu modo de ver e se relacionar com as pessoas na sua vida pessoal e profissional. Mostra suas capacidades e limites atuais, fornecendo uma base para usar seus pontos fortes, trabalhar pontos a desenvolver, transformar sua autoimagem e seus resultados. Se você tem um grande sonho não realizado, compreenderá o que tem impedido você e isso pode fazer total diferença na sua vida. Se está numa fase mais perdida, a aplicação desta ferramenta te dará um norte de como aproveitar ao máximo seu potencial natural. Se é uma pessoa de vendas, ou reconhece a importância de influenciar pessoas, terá um manual de como lidar, o que dizer e o que nunca dizer para influenciar cada tipo de pessoa.
Se você tem ou pretende ter uma empresa, ou atual na gestão de pessoas, aplicar este conhecimento proporcionará: redução de turnover, aumento de produtividade, identificação do perfil adequado para contratação x função, gestão aprimorada de conflitos internos, maior facilidade para motivar e engajar colaboradores.
Ressalta-se que o DISC não se trata de um teste, pois o resultado do perfil é a partir da percepção do indivíduo, e não de um sistema ou valores pré-definidos. A metodologia DISC possibilita uma análise do perfil comportamental dos indivíduos, o que permite aumentar autoconhecimento, melhorar o nível de satisfação das pessoas com as funções que exercem, desenvolver potencialidade dos profissionais, maximizar suas habilidades específicas, aumentar a produtividade e os impactos positivos nos processos de trabalho.
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